sexta-feira, 9 de maio de 2014

Se ficar a máquina pega, se correr atrás ou na frente, ou não alcança ou é esmagado por ela.....

Um dia desses eu vi um clip de uma entrevista de um especialista em negociações onde ele falava sobre apresentações para negócios. Foi mais uma ajuda para mim no entendimento do porque as pessoas andam tão apressadas, esbaforidas e estressadas. A primeira ajuda que recebi neste sentido foi a de um jovem que conheci na Web que mantém um blog de assuntos gerais, ele argumentou que as pessoas já andam saturadas de informação devido ao bombardeio contínuo, ininterrupto dos meios de comunicação de massa, incluindo aí a Internet. Isto implica na falta de paciência para refletir sobre as coisas e entendê-las de forma profunda, bem como sedimentá-las e internalizá-las. Quanto ao empresário e especialista ao qual me referi no início do texto, ele colocou que ninguém tem tempo, que as pessoas concedem apenas minutos para as apresentações, e, caso a explanação sucinta e veloz interesse, pode ser, que as pessoas concedam um tempo maior para ouvir-nos. Há algum tempo, venho observando e concluí que as pessoas parecem estar querendo competir, ou pelo menos, tentar acompanhar as máquinas nas execuções de tarefas e marcação de compromissos. Ocorre que o ser humano, na minha opinião, tem uma velocidade máxima de raciocínio e ação, definida pela natureza e extremamente difícil de ser ultrapassada, para não dizer, impossível. Por outro lado, as máquinas não parecem ter esses limites, suas velocidades de processamento só dependem do desenvolvimento da tecnologia, do emprego de novas técnicas de fabricação, de novas abordagens de gerenciamento de tempo e execução de tarefas. Até porque usa-se as próprias máquinas para desenvolvê-las, o que implica no aumento geométrico das velocidades de processamento e execução de tarefas. Daí, o que se vê, são pessoas escravizadas pelas máquinas quanto ao gerenciamento do tempo, estressadas e correndo pelas ruas como loucos a tentar parar os ponteiros dos relógios.
        Acho muito triste todo este cenário, há muitas coisas que não conseguiremos perceber e mesmo apreciar se não tivermos tempo suficiente, é como engolir um alimento direto sem degustar-lhe o sabor. Isto nos torna mecânicos, obtusos, desumanos e insensíveis. Nos tornamos semelhantes a robôs programados pela tecnologia moderna. Enquanto corremos insanamente, o tempo continua passando sem nos dar explicações ou atenção, quando percebemos, já estamos no ponto de abandonarmos esta existência e então, talvez nos perguntemos para que corremos tanto atrás de nossas próprias caudas, como cachorros loucos e estressados que viram suas caudas como algo diferente e inalcançável.

http://www.youtube.com/watch?v=mJryG28D11E