terça-feira, 4 de agosto de 2015

O consumismo e a reciclagem

É estão fazendo um esforço nesse sentido no Brasil, mas tenho visto umas reportagens e parece que isso não é muito bem fiscalizado, tem muitos lugares que coletam mas jogam mesmo é no lixão! :((( Tipo aquela coleta seletiva de lixo que muita gente diz que é misturado tudo no caminhão na hora de coletar. Vc já viu nosso povo levar tudo a sério? Já dizia o presidente Francês Charles de Gaulle (http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_de_Gaulle): "Isto não é um país sério!"
Lá no STJ mesmo tem uns caixotes separados, pintados e com cartazes de lixo eletrônico, eu tenho colocado algumas coisas lá. Mas muitas vezes que olho lá os caixotes estão vazios, ou eles limpam rápido demais (talvez jogando tudo no lixo comum) ou as pessoas não estão colocando as coisas lá, infelizmente nosso povo não é muito conscientizado dessas coisas. Andei fazendo umas consultas aí pela Web e existem Universidades espalhadas pelo Brasil que recuperam os aparelhos e redistribuem para áreas mais carentes, ou desmontam as peças (como você falou) que não servem mais para serem reparadas, mas isto depende de várias coisas, do transporte, da ajuda de ONGs (as que são sérias, porque o que tem de ONG picareta no Brasil não está no gibi!), etc, etc. Quando você desmonta uma máquina para aproveitar apenas os materiais, existem técnicas de extrair os metais (alguns contatos usam ouro para evitar a oxidação), tem cobre, latão, ouro e outras ligas, tem uns plásticos tbm que acho que podem ser reaproveitados, vidro além de outros materiais, e tem os materiais nocivos e venenosos, principalmente nas baterias que precisam ser descartados corretamente para não poluir a natureza nem envenenar as pessoas, pelo solo, pela água e até pelo ar! As baterias usam vários metais e elementos venenosos, como lítio, mercúrio, cádmio e diversos ácidos e bases, dependendo das tecnologias e modelos delas. É possível retirar só os componentes eletrônicos discretos tbm, aqueles que não são embutidos (nem usam a tecnologia SMD que geralmente implica na destruição do componente quando ele é retirado) dentro dos chips, como capacitores, resistores, transistores e diodos. Além disso tudo, o marketing e as vendas de coisas novas costumam ser muito mais rápidos do que as técnicas e tecnologias de reciclagem! Por isso acho que o caminho seria diminuir a velocidade do consumismo. Isso é parecido com o fenômeno da homeostase dos seres vivos. Tipo assim, se você se intoxica numa taxa que seus órgãos, como o fígado e rins conseguem te desintoxicar, vc se recupera e sobrevive, mas se tomar uma overdose você morre, seu sistema biológico precisa de um tempo para executar estas tarefas, um tempo que tem algum reajuste, algum feedback, mas limitado, se a dose for muito alta, pimba! A natureza é parecida. Um dias desses vi uma reportagem de um sujeito que voou de parapente (na verdade um paramotor, acabei de olhar na Wikipédia ;)) ) sobre o rio Tietê para registrar as mudanças ao longo do rio. Ele mostrou lá que o rio da nascente até uma certa parte é limpo, de água cristalina como era antigamente; depois que entra nas áreas metropolitanas, o pessoal joga as tralhas dentro dele e vira aquele "pirão" fedorento quando entra dentro da cidade propriamente dita, lá quase perto do final, chegando na foz, ele é limpo de novo! =O Ou seja, ele vai se limpando ao longo do percurso, mas ocorre que ele precisa de espaço de tempo para fazer isso, não pode haver uma overdose muito grande de poluição.... O que acontece é que a humanidade está aumentando a produção de lixo com velocidade cada vez mais crescente, até porque a população continua aumentando..... E o consumismo tecnológico opera auxiliando isto daí....