É estão fazendo um esforço nesse sentido no Brasil, mas tenho visto
 umas reportagens e parece que isso não é muito bem fiscalizado, tem 
muitos lugares que coletam mas jogam mesmo é no lixão! :((( Tipo aquela 
coleta seletiva de lixo que muita gente diz que é misturado tudo no 
caminhão na hora de coletar. Vc já viu nosso povo levar tudo a sério? Já
 dizia o presidente Francês Charles de Gaulle (http://pt.wikipedia.org/wiki/ Charles_de_Gaulle): "Isto não é um país sério!" 
Lá
 no STJ mesmo tem uns caixotes separados, pintados e com cartazes de 
lixo eletrônico, eu tenho colocado algumas coisas lá. Mas muitas vezes 
que olho lá os caixotes estão vazios, ou eles limpam rápido demais 
(talvez jogando tudo no lixo comum) ou as pessoas não estão colocando as
 coisas lá, infelizmente nosso povo não é muito conscientizado dessas 
coisas. Andei fazendo umas consultas aí pela Web e existem Universidades
 espalhadas pelo Brasil que recuperam os aparelhos e redistribuem para 
áreas mais carentes, ou desmontam as peças (como você falou) que não 
servem mais para serem reparadas, mas isto depende de várias coisas, do 
transporte, da ajuda de ONGs (as que são sérias, porque o que tem de ONG
 picareta no Brasil não está no gibi!), etc, etc. Quando você desmonta 
uma máquina para aproveitar apenas os materiais, existem técnicas de 
extrair os metais (alguns contatos usam ouro para evitar a oxidação), 
tem cobre, latão, ouro e outras ligas, tem uns plásticos tbm que acho 
que podem ser reaproveitados, vidro além de outros materiais, e tem os 
materiais nocivos e venenosos, principalmente nas baterias que precisam 
ser descartados corretamente para não poluir a natureza nem envenenar as
 pessoas, pelo solo, pela água e até pelo ar! As baterias usam vários 
metais e elementos venenosos, como lítio, mercúrio, cádmio e diversos 
ácidos e bases, dependendo das tecnologias e modelos delas. É possível 
retirar só os componentes eletrônicos discretos tbm, aqueles que não são
 embutidos (nem usam a tecnologia SMD que geralmente implica na 
destruição do componente quando ele é retirado) dentro dos chips, como 
capacitores, resistores, transistores e diodos. Além disso tudo, o 
marketing e as vendas de coisas novas costumam ser muito mais rápidos do
 que as técnicas e tecnologias de reciclagem! Por isso acho que o 
caminho seria diminuir a velocidade do consumismo. Isso é parecido com o
 fenômeno da homeostase dos seres vivos. Tipo assim, se você se intoxica
 numa taxa que seus órgãos, como o fígado e rins conseguem te 
desintoxicar, vc se recupera e sobrevive, mas se tomar uma overdose você
 morre, seu sistema biológico precisa de um tempo para executar estas 
tarefas, um tempo que tem algum reajuste, algum feedback, mas limitado, 
se a dose for muito alta, pimba! A natureza é parecida. Um dias desses 
vi uma reportagem de um sujeito que voou de parapente (na verdade um 
paramotor, acabei de olhar na Wikipédia ;)) ) sobre o rio Tietê para 
registrar as mudanças ao longo do rio. Ele mostrou lá que o rio da 
nascente até uma certa parte é limpo, de água cristalina como era 
antigamente; depois que entra nas áreas metropolitanas, o pessoal joga 
as tralhas dentro dele e vira aquele "pirão" fedorento quando entra 
dentro da cidade propriamente dita, lá quase perto do final, chegando na
 foz, ele é limpo de novo! =O Ou seja, ele vai se limpando ao longo do 
percurso, mas ocorre que ele precisa de espaço de tempo para fazer isso,
 não pode haver uma overdose muito grande de poluição.... O que acontece
 é que a humanidade está aumentando a produção de lixo com velocidade 
cada vez mais crescente, até porque a população continua aumentando.....
 E o consumismo tecnológico opera auxiliando isto daí....